14 de ago. de 2011

Vermelho claro

Um obliterar de objetos
parados perante a parede
e não passávamos da porta.

Era um diálogo macio que
tínhamos.

As paredes muito brancas,
com o chão muito vermelho,
Moldeavam o contorno
e o contraste.

Luz, inverno e mudança.
Carregamos as coisas
pelas escadas.

Tentamos
sair sem olhar pra trás.
Mas sempre olhamos.

Cada detalhe.

1 de ago. de 2011

Chorando levanta

Põe a calcinha,
se enfia na calça,
coloca a camiseta,
veste a jaqueta,
agarra a bolsa.

Com cuidado
calça
as meinhas.

Bota a bota...
Pensa.
Pra ir embota.

Dormimos sem anestesia.